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O LOBO DE WALL STREET

Publicado em 24/fev/2014

O LOBO DE WALL STREET

Uma superprodução de três horas de duração como esta deu o que falar na pré-estreia, estreia e pós-estreia do longa. Bom, também não é de menos, pois quando falamos em uma parceria que dá certo é só recorrer na memória os nomes Leonardo DiCaprio e o diretor Martin Scorsese, dois grandes veteranos de Hollywood. DiCaprio, um dos poucos atores que ainda não teve a glória de receber o OSCAR, pode começar a acreditar que se depender de Scorsese, o longa “O Lobo de Wall Street” irá lhe render a tão cobiçada estatueta dourada.
Este já é o quinto filme que Scorsese dirige DiCaprio. Em sua primeira parceria o ator entra em cena no filme \’Gangues de Nova York\’ (2002), depois segue pelo filme \’ O aviador\’ (2004), dois anos depois DiCaprio atua em \’Os Infiltrados\’ (2006), já em 2010 protagoniza o detetive Jack Daniels no longa \’Ilha do Medo\’; e cá estamos no famoso e polêmico Lobo de Wall Street (2014).
Antes de seguirem animados e instigados à verem o filme, coloco algumas curiosidades e cuidados; o filme não é recomendado para menores de 18 anos e é considerado o filme com maior numero de palavrões já ditos nas telonas. Possui uma característica peculiar ao mostrar explicitamente o uso de drogas, entorpecentes, sexo e muita bebida alcoólica.
Mas vamos com calma, o filme não é uma criação ficticiosa da mente de Martin Scorsese e do roteirista a lá “Se beber não case”, mas sim, estamos falando de uma adaptação cinematográfica do livro que narra a história de vida do ex corretor da bolsa de valores de Nova York; Jordan Belfort. Uma história cheia de vida mas movida por somas exorbitantes de bilhões de dólares desviados indevidamente de seus clientes; a trama se desenvolve nos anos de 1990 quando a Bolsa de Valores fervia e oferecia sucesso financeiro para quem explorasse sem pudor o mercado monetário. Belfort aprende com seu emprego em Wall Street que “o único dinheiro \’real\’ naquele mundo de ações e flutuações é a comissão do corretor”; uma produção que narra veridicamente cada detalhe do livro, fugindo dos clichês de filmes de ressaca.
Martin Scorsese mostra em três horas de muita festa, farra, mulheres, bebidas, anões, luxo e iates, o que o dinheiro pode realizar e até onde vai o limite da realidade; a vida de Belfort girava constantemente em torno disso, era habitual usar e abusar de sua fortuna sem remorso algum. Jordan Belfort na época acumulava uma fortuna de U$$12 Milhões a cada três minutos (trecho retirado da revista IstoÉ), não sabemos exatamente quanto valia o dólar naquela época dos anos 90, mas se passarmos para o valor monetário atual ele acumulava em torno de U$$ 172.800.000.000,00 mensais o que equivale nada menos nada mais que R$ 412.369.920.000,00 mensais; fácil para alguém ter o que teve: iate, ferrari, maior e melhor mansão de Nova York, helicópteros e todos os prazeres que o mundo oferecia .
Leonardo DiCaprio tem uma atuação impecável no papel de Belfort. O longa concorre a cinco indicações ao OSCAR de melhor ator, melhor direção, melhor filme, melhor ator coadjuvante e melhor roteiro adaptado; talvez não era o melhor momento para se exibir o filme de tal forma como foi exibido, uma comédia financeira, pois em 2008 a bolsa de valores sofreu uma crise brusca o que hoje ainda deixa fortes cicatrizes em volta do globo terrestre, mas segundo DiCaprio; por mais irracional e incrível que pareça, tudo, mas absolutamente tudo o que mostra no filme realmente aconteceu na vida de Jordan Belfort.
Para terminar peço que ao assistirem o filme, analisem, critiquem e tirem suas próprias conclusões, mas venham para o time dos que torcem para que pela primeira vez na história da carreira de Leonardo DiCaprio, o ator possa levar a estatueta do OSCAR.
A cerimônia de entrega do prêmio acontece no dia 02 de Março, no Dolby Theatre, em Hollywood; e será transmitida ao vivo pelo canal TNT. A rede globo transmitirá trechos mais compactos da cerimônia no dia seguinte, 03 de Março.
A sorte está lançada.

LINIKER

“Um corretor não desliga o telefone até que o cliente compre ações ou morra.” Jordan Belfort