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14 de Março: Dia Nacional da Poesia

Publicado em 14/mar/2014

14 de Março: Dia Nacional da Poesia
O Dia Nacional da Poesia é comemorado no dia 14 de março, data de nascimento de um dos maiores poetas brasileiros: Castro Alves.

Você sabia que a poesia nacional tem um dia no calendário dedicado a ela? Pois bem, não por acaso, no dia 14 de março comemoramos o Dia Nacional da Poesia.

Criada para difundir a poesia e a linguagem literária, a data foi escolhida para homenagear um de nossos maiores poetas, Antônio Frederico de Castro Alves, nascido na cidade de Curralinho (hoje Castro Alves), em 14 de março de 1847. Castro Alves foi considerado um dos mais brilhantes poetas românticos, responsável por uma nova concepção de amor na Literatura, além de um notável entusiasmo por grandes causas sociais, como a abolição da escravatura. Depois dele, muitos outros vieram, mas como grande poeta que foi, teve seu nome perpetuado em nossa história, sendo, então, digno de reverências e homenagens.
Nossa Literatura brasileira é profícua, sendo representada magistralmente por grandes poetas que fizeram do ofício da escrita sua profissão de fé. A poesia é uma das expressões artísticas mais populares e, permeada por seu lirismo característico, arrebata leitores e penetra em diferentes contextos, pois até mesmo diante da mais dura realidade pode nascer um poema (e como eles nos comovem!).

Para comemorar a data, segue um poema de Castro Alves:

Cansaço

O NÁUFRAGO nadou por longas horas…
Na praia dorme frio num desmaio.
A força após a luta abandonou-o,
Do sol queimou-lhe a face ardente raio.
Pois eu sou como o nauta… Após a luta
Meu amor dorme lânguido no peito.
Cansado… talvez morto, dorme e dorme
Da indiferença no gelado leito.
Sobre as asas velozes a andorinha
Maneira se lançou nos puros ares…
Veio após o tufão… lutou debalde,
Mas em breve boiou por sobre os mares.
Eu sou como a andorinha… Ergui meu vôo
Sobre as asas gentis da fantasia.
A descrença nublou-me o céu da vida…
E a crença estrebuchou numa agonia.
Como as flores de estufa que emurchecem
Lembrando o céu azul do seu país,
Minha alma vai morrendo, suspirando
Por seus perdidos sonhos tão gentis.
E que durma … E que durma … ó virgem santa,
Que criou sempre pura a fantasia,
Só a ti é que eu quero que te sentes
Ao meu lado na última agonia.

Fonte Brasil Escola